Festa do Santíssimo Salvador chega à 373ª edição em Campos.
No Dia do Padroeiro (6), as missas acontecem às 6h, 8h, 10h (Missa Solene), 13h e 15h. A Procissão ocorre às 16h, seguida da bênção ao município, às 18h, concedida pelo bispo Dom Roberto.
Para a estrutura da celebração, o Canteiro da Catedral recebe atrações musicais e ministérios de louvor. Na noite deste domingo (3), às 20h, tem show de Fábia. Na segunda-feira (4), sobe ao palco Alex Caetano, também às 20h.
Na terça-feira (5), é a vez do Ministério Cristo Rei, da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, às 20h. Finalizando na quarta-feira, às 18h, tem a apresentação de Nelinho e, às 19h, a música é comandada pela Banda da Guarda Municipal.
Já o palco principal, montado na Praça Quatro Jornadas, recebe atrações desde a terça-feira (5), com show de Vitinho às 22h e Joanna na quarta-feira (6), às 21h, para o encerramento da celebração.
Vitinho
Joanna
Prova Ciclística
A Prova Ciclística de São Salvador volta às ruas de Campos dos Goytacazes comemorando também os 80 anos de sua criação, reunindo cedo, às 7h de quarta-feira (6), cerca de 200 atletas nas imediações da Câmara Municipal, na Avenida Alberto Torres. Organizada por Afonso Celso Pacheco, seis vezes vencedor dessa prova e tetracampeão brasileiro de ciclismo, a corrida mantém viva a tradição iniciada em 1945 por Gerardo Maria Ferraiuoli, conhecido como Patesko. “É um prazer realizar essa prova, que é a mais antiga do Brasil, e também a mais esperada pelos ciclistas. É importante manter a chama acesa do ciclismo no Brasil e também o legado que Patesko deixou, que foi o criador da prova”, afirma Afonso.
A prova se divide em quatro baterias, percorrendo o trajeto que inclui a Avenida 28 de Março, Rua Tenente Coronel Cardoso (Formosa) e a Avenida Dr. Hélio Póvoa, retornando ao ponto de partida. Entre as baterias estão 35 categorias, que vão dos “mirins” à melhor idade, acima de 70 anos. As inscrições foram encerradas no d
ia 30 de julho.
patrimônio cultural imaterial da cidade”, aponta Graziela Escocard, historiadora e diretora do Museu Histórico de Campos. Ela destaca que a devoção remete a 29 de maio de 1677, quando a vila adotou o nome de São Salvador dos Campos, em homenagem a Jesus Cristo e ao donatário Salvador Corrêa de Sá e Benevides, consolidando a devoção popular. “Desde então, novenas e procissões deram lugar a uma grande celebração comunitária, que soube incorporar elementos culturais ao longo dos séculos”, explica Graziela.

Quando se pensa na Festa do Santíssimo Salvador, a culinária também é parte importante da celebração, como aponta a historiadora. “O bolinho de bacalhau e os doces caseiros, como o tradicional chuvisco campista, constituem uma memória afetiva muito forte para os campistas. São sabores que contam histórias, que remetem à infância, à convivência familiar e à religiosidade popular. Esses elementos não são apenas quitutes: são marcas culturais que transformam a festa em um momento de reafirmação identitária, na qual o sagrado e o profano, o religioso e o popular convivem em harmonia. Comer um chuvisco na festa, por exemplo, é também participar de uma herança coletiva, reviver tradições e manter viva a cultura local”, ressalta.
Graziela também observa que o uso popular de “São Salvador” em vez de “Santíssimo Salvador” reflete a vivacidade da devoção oral. “Não se trata exatamente de um erro, mas sim de uma forma popular de apropriação linguística e afetiva. A linguagem popular é viva e se adapta à realidade das pessoas. Diferente da maioria das cidades brasileiras, cujo padroeiro costuma ser um santo, em Campos, o padroeiro é o próprio Jesus Cristo, sob o título de Santíssimo Salvador. Isso confere à celebração um significado singular, ao mesmo tempo profundamente espiritual e marcadamente cultural”, detalha.
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