Espiscopado francês expressou descontentamento com cenas provocativas na cerimônia de abertura, realizada ontem (26).
A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos no rio Sena foi marcada por um desfile de delegações esportivas em 85 barcos, apresentações artísticas e performances de artistas como Lady Gaga e Céline Dion.
A Conferência dos Bispos da França reconheceu a beleza e a emoção do evento, mas lamentou profundamente algumas cenas que consideraram desrespeitosas ao cristianismo, especialmente uma reprodução da “Última Ceia” de Leonardo da Vinci por travestis, o que gerou críticas nas redes sociais.
Após a cerimônia, líderes de outras religiões expressaram apoio à Igreja Católica francesa. Em seu comunicado, os bispos franceses refletiram sobre “os cristãos de todo o mundo que se sentiram feridos por essas cenas provocativas” e enfatizaram que a celebração olímpica deve transcender preconceitos ideológicos.
O secretário-geral da Conferência dos Bispos da França, padre Hugues de Woillemont, destacou nas redes sociais a contradição entre a inclusão proclamada na cerimônia e a exclusão efetiva de certos fiéis. Ele afirmou que não é necessário ferir consciências para promover fraternidade e sororidade.
Dom François Touvet, presidente do Conselho de Comunicação da Conferência dos Bispos da França e bispo coadjutor da Diocese de Fréjus-Toulon, também se manifestou nas redes sociais, protestando contra o que considerou “um grave insulto aos cristãos de todo o mundo” e outros excessos do espetáculo.
Michaël Aloïsio, porta-voz do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Paris 2024, respondeu às críticas no sábado, 27 de julho, reconhecendo que algumas cenas ultrapassaram limites aceitáveis.
A Conferência dos Bispos da França concluiu seu comunicado ressaltando que o esporte é uma atividade maravilhosa que encanta tanto atletas quanto espectadores, e que as Olimpíadas são um movimento que promove a unidade e a fraternidade humana.
A cerimônia de abertura terminou, entretanto, com uma nota de esperança, apreciada por todos os espectadores, com Céline Dion cantando o “Hino ao Amor”, de Edith Piaf, finalizando com a frase: “Deus reúne aqueles que se amam”, ressoando na noite parisiense.
Comentários
Postar um comentário