Na contramão do Brasil, tendência mundial é de redução no número de Parlamentares.
Menos deputados, mais eficiência: essa é a fórmula adotada por várias democracias mundo afora - na contramão do debate brasileiro. A tendência mundial nos últimos 20 anos foi de redução no número de Parlamentares.
Em 2023, a Alemanha aprovou uma reforma que reduziu o número de deputados de 736 para 630. Uma medida com impacto direto no orçamento e que já está valendo.
A Itália também enxugou o Congresso. Em 2020, um referendo reduziu o número de deputados de 630 para 400. E o Japão, ainda antes, fez mudanças graduais: atualmente tem 465 parlamentares - 15 a menos do que há uma década. Em 2001, a Grécia reduziu de 350 para 300 deputados.
No Reino Unido, o número de assentos na Câmara dos Comuns está congelado desde 2010. Mas o número é considerado alto: são 650 deputados para uma população três vezes menor que a do Brasil. No entanto, o controle dos gastos é rigoroso e respeitado à risca.
Na Suécia, os 349 deputados vivem uma realidade quase impensável para os padrões brasileiros. Eles não têm assessores pessoais, carros oficiais e pagam pelo próprio cafezinho. Eles têm direito a um cartão de transporte público. E só o primeiro-ministro pode andar de carro oficial o tempo todo.
Quem vem de fora da capital tem direito a uma quitinete funcional. São imóveis pequenos - alguns com só 16 metros quadrados. Nada de cama de casal, nem lavadora de roupas. A lavanderia é comunitária. E se o marido ou a esposa quiserem dormir lá tem que pagar.
O salário - pouco acima do de um professor da rede pública - é estabelecido por um comitê independente, e até a creche do Parlamento exige que os deputados paguem o almoço das crianças.
E para prestar contas, cada deputado tem uma página no site oficial com tudo o que foi "dito e feito". A ideia, por lá, é clara: quem legisla para o povo deve viver como o povo.
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